Quantcast
Channel: Tatiana Dias » direito autoral
Viewing all articles
Browse latest Browse all 10

Quando um contrato é um péssimo negócio

$
0
0

Death Grips é uma das bandas mais populares no BitTorrent – entre aquelas que liberaram os downloads. A banda assinou com o selo Epic Records, que é da Sony Music, e o contrato – que deveria render à banda segurança e um modelo de negócios viável – só lhe rendeu, até agora, problemas.

A primeira divergência foi relacionada à data de lançamento do disco. A banda já estava acostumada à disponibilizar seus discos na internet – isso lhe rendeu o primeiro posto no ranking das bandas legalmente mais baixadas do BitTorrent. A Epic queria, conta o TechDirt, uma abordagem mais “lenta”. A banda agiu como estava acostumada: postou seu disco em vários cyberlockers (serviços de hospedagem como o Rapidshare) e começou a divulgar os links para download no Twitter, divulgando que o público escutaria o disco ao mesmo tempo em que o próprio selo.

A Epic, é claro, ficou enfurecida. Enviou um e-mail aos membros da banda explicando que o vazamento era uma infração de contrato, de copyright, havia dado prejuízos financeiros ao selo e que, embora a Epic ainda tivesse interesse em lançar e ganhar dinheiro com a venda do disco, a gravação dele não teria seus custos cobertos.

A banda tirou um printscreen e divulgou o e-mail:

A Epic os processou por romper o contrato.  A gravadora pediu que eles removam os links e afirmou que é dona dos originais. Em uma nota oficial, eles disseram: “somos uma gravadora que lança novos artistas. Essa é a nossa missão e o nosso mancado. Infelizmente, quando o marketing e a truques publicitários superam a música real, é preciso nos lembrar dos nossos valores fundamentais. Para isso, imediatamente, nós estamos trabalhando para dissolver a nossa relação com o Death Grips”.

A Epic, no entanto, se esqueceu de um detalhe: quem fez a música foi a banda. E quem fez a banda estourar também foram os próprios músicos.


Viewing all articles
Browse latest Browse all 10